terça-feira, 19 de julho de 2011

Capítulo 7 – Destino tem 50 Nomes.

A utilização de armas nucleares no fim do século XXIAC, trouxe uma nova era, a Era de Marduk, e suas mudanças nos afetam até hoje.

Essa mudança foi especialmente celebrada na terra de Marduk – Egito. As listas das constelações zodiacais passaram a começar com o carneiro, ao invés do touro; foi construído um corredor de esfinges com cabeças de carneiro no corredor que leva aos grandes templos em Karnak, obra realizada logo após a ascensão à supremacia de Rá.

Marduk e Nabu escapam ilesos do caos nuclear. Nabu se escondera em uma das ilhas do Mediterrâneo. A ele foi dado seu próprio centro de culto na Mesopotâmia, chamado Borsippa, próximo à Babilônia; mas também continuou a ser adorado nas suas terras favoritas do oeste. Sua adoração é confirmada pelos lugares sagrados que receberam nome em sua honra, como o monte Nebo, próximo ao rio Jordão, onde Moisés morreu, e os nomes reais teofóricos, como Nabo-pol-assar, Nabu-codo-nossor, etc, famosos reis da Babilônia. Além de seu nome ser sinônimo de profeta, profecia.

A supremacia de Marduk não se baseava na posse dos espaços físicos, mas nos sinais dos céus – do Tempo Celestial Zodiacal. Seu templo – Esagil – deixou redundante o Eninnu de Ninurta e os vários stonehenges construídos por Thoth ao redor do mundo. Quando foi construído, o Esagil tinha sua cabeça apontada diretamente para a estrela Iku, a principal da constelação do Carneiro (Áries), em 1960AC.

O apocalipse nuclear encerrou as disputas de qual era estava valendo, mas Nibiru ainda orbitava e fazia a contagem do Tempo Divino e a atenção de Marduk foi desviada para isso. Então, sacerdotes-astrônomos varriam os céus dos estágios do zigurate à procura do ‘Planeta da Retidão do Esagil’, nascendo a Religião da Estrela; Marduk, o deus, se torna uma estrela (que chamamos planeta). Nibiru se torna Marduk. Religião se torna astronomia e astronomia se torna astrologia. O Épico da Criação – Enuma Elish, é revisado, concedendo a Marduk uma dimensão celestial. Não só ele viera de Nibiru, como agora ele era Nibiru. E como seu destino – órbita – era o maior do que o dos outros deuses celestiais (outros planetas), ele era o maior Anunnaki na Terra.

Na 4ª noite do festival de ano-novo, o Épico da Criação era lido, e agora a criação da Terra, a reformulação do Sistema Solar, a criação do homem, a invenção do calendário e a seleção da Babilônia como o novo ‘Umbigo da Terra’, eram feitos de Marduk.

Segue a descrição dos fatos que aconteciam nesse festival.

Os 50 nomes concedidos a Marduk simbolizavam a assunção do rank dos 50, que era de Enlil, e que tinha Ninurta como sucessor direto.

A calamidade que atingiu a Suméria acabou com o povo, mas deixou a cidade intacta. A água envenenada seria levada pelo correr dos rios; o solo absorveria a radiação.

O 1º regente no devastado sul foi Ishbi-Erra, um ex-governador de Mari, um semita, que supervisionou os esforços para recuperar as outras cidades, um processo lento e caótico.

Levou uns 100 anos para que seus sucessores, a ‘Dinastia de Isin’, revive Ur e Nippur, centros econômicos e religiosos. O processo de ‘uma cidade por vez’ ia de encontro aos regentes locais e deixou a antiga Suméria uma terra fragmentada. Até que a Babilônia atingisse a grandiosidade profetizada foi preciso tempo. Apenas com a chegada de Hammurabi, quase 200 anos depois, a visão de Marduk para a Babilônia se realiza.

Não há menção do retorno de Sin e Nergal para Ur. Fala-se da presença ocasional de Ninurta na Suméria, mas não há registro de que ele e Bau voltaram para Lagash. Nippur, após 72 anos, foi restaurado, mas Enlil e Ninlil não voltaram para lá. Para onde foram?

A supremacia de Marduk não acabou com o politeísmo. Pelo contrário, sua supremacia requeria contínuo politeísmo: para ser supremo sobre outros deuses devem existir outros deuses. As prerrogativas dos outros deuses estavam sujeitas ao controle de Marduk: “Ninurta é o Marduk da enxada; Shamash é o Marduk da justiça”, etc.

Em sua autobiográfica “Profecias”, Marduk mostra sua intenção para com os outros deuses: eles deveriam habitar com ele na Babilônia. Escavações mostram que havia santuários-residências dedicados a Ninmah, Adad, Shamash e até Ninurta. Mas ninguém veio. Dispersos, alguns acompanharam seus seguidores pelos quatro cantos da Terra e outros ficaram próximos, incitando seguidores a um renovado desafio a Marduk.

A migração Suméria aconteceu com os povos afastados da área da destruição nuclear e os remanescentes das cidades afetadas. Essa diáspora Suméria é sentida até hoje na linguagem, religião, costumes, conhecimento celestial, etc. Um panteão de deuses que vieram do céu, hierarquia divina, epíteto para os deuses que significam o mesmo em várias linguagens, histórias da criação idênticas; linguagens européias que só são familiares ao Sumério, como a húngara, basca e a finlandesa; a descrição de Gilgamesh lutando contra dois leões na América do Sul; similaridade da escrita Suméria com a da China, Japão e Coréia – vários costumes japoneses são idênticos aos dos Sumérios.

Após dois séculos da Nova Era, nas terras fronteiriças à Babilônia, os convidados aposentados de Marduk embarcaram em um novo tipo de afiliação religiosa: a Religiões Nacionais dos Estados. Era nação contra nação e homens matando homens “em nome de Deus” – seu deus.

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