terça-feira, 19 de julho de 2011

Capítulo 10 – A Cruz no Horizonte

Por volta de 60 anos após o Êxodo, acontecimentos religiosos anormais aconteceram no Egito, sob o reinado de Amenhotep (Amenophis) IV, ou Akhenaton (O Filho de Aton), que deixou Tebas e seus templos, abandonou a adoração a Amon e declarou Aton o único deus criador.

Akhenaton era descendente da 18ª Dinastia e reinou de 1379 a 1362AC. Assim que desapareceu, sua nova capital, Tell el-Amarna (nome moderno – o antigo era Akhetaton), seus templos e palácios são destruídos. A noção da adoração de Aton ser uma forma de monoteísmo se deve principalmente aos hinos a Aton, que parecem clones dos Salmos Bíblicos (um deles é o Salmo 104, começando com o verso 24). Mas essa similaridade não é porque um copia o outro, e sim porque ambos falam do mesmo deus celestial do Épico da Criação Sumério – Nibiru, que criou os céus e a Terra, fecundando-a com a Semente da Vida.

Todos os livros do Antigo Egito falam que o disco de Aton que Akhenaton adorava era o Sol. Isso torna estranha a orientação de seus templos. Os Egípcios orientavam seus templos pelos solstícios em um eixo sudoeste-noroeste; Akhenaton o fazia no eixo leste-oeste – mas de frente para o oeste, longe do nascer do Sol (Tia Tetéia lembra que o Sol nasce no leste). Se ele esperava uma reaparição celestial em uma direção oposta à do Sol nascente, não poderia ser o Grande Astro.

O Aton de Akhenaton é “...aquele que se renova;... reaparece em sua glória;...indo para longe e voltando”; sua reaparição era ‘linda no horizonte, brilhante, forte’, anunciando um tempo de paz e benevolência para todos. Palavras que expressam expectativas messiânicas que nada têm a ver com o Sol. Rá era o Sol para os Egípcios e significava que Aton também o era. Mas se Rá era Marduk e o celestial Marduk era Nibiru, Aton era Nibiru e não o Sol.

O desvio de Akhenaton, ou inovação, foi a mudança do Tempo Celestial para o Divino (órbita de Nibiru), mudando a questão da chegada do momento de Supremacia para “quando o deus celestial não-visto reaparecerá?”

Uma de suas maiores heresias foi erigir um monumento especial honrando o Bem-Bem, um objeto adorado há gerações – o veículo no qual Rá chegara à Terra dos céus. Era uma indicação que o que ele esperava era um Reaparecimento, um Retorno não apenas do Planeta dos Deuses, mas também dos próprios deuses! Essa era a diferença introduzida por Akhenaton, além do fato de que ele se julgava o filho-profeta de deus, o que veio do próprio corpo de deus e para quem os planos da deidade foram revelados. Esses fatos eram inaceitáveis para os sacerdotes tebanos do Amon.

O Livro de Números na Bíblia, cap. 22 a 24, fala de previsões dos filhos de Jacó no Fim dos Dias. O profeta em questão era um Arameano, residindo próximo ao Eufrates, chamado Balaam. A descrição desses eventos é prolongada, mas no fim, chama a atenção a previsão do retorno da Estrela de Jacó, que, se Balaam estivesse falando como Akhenaton, seria da reaparição de Nibiru.

O relacionamento dos reis da Babilônia com o Egito de Akhenaton era uma constante comunicação via correspondências. Das Tábuas de el-Amarna descobertas (380), apenas 3 não eram em acádio, a linguagem diplomática da época. E a maior parte era de cartas recebidas de reis babilônicos. Pelas cartas conclui-se que eles estavam cientes da reviravolta religiosa que acontecia no Egito, de “Rá – a Estrela que Retorna”, que era uma referência a Marduk, a Nibiru voltando em sua órbita. Sendo os astrônomos da Babilônia mais avançados do que os Egípcios, é possível que já soubessem desse retorno.

Em 1260AC, Kadashman-Enlil ascende ao trono da Babilônia com um nome que venerava Enlil. Os reis que o seguiram também tinham nomes que veneravam Enlil e também Adad, sugerindo uma reconciliação com as deidades.

Nibiru passa a ser descrito em figuras como um planeta de cruz radiante, adequando-se à descrição Suméria dos tempos antigos – ‘O Planeta do Cruzamento’, e não mais como o símbolo do Disco Alado. Logo esse novo símbolo começou a ficar mais comum e os reis da Babilônia o simplificaram a apenas um Sinal da Cruz (várias fotos são mostradas no livro). Esse símbolo não era o Sol, pois ele é mostrado junto com o Sol, a Lua e os símbolos dos outros planetas (uma estrela com x pontas – de acordo com a posição do planeta – a Terra era uma estrela com 7 pontas por ser o sétimo planeta de fora para dentro do Sistema Solar, e por aí vai.)

No início do 1º milênio AC, o Sinal da Cruz já estava bem difundido nas terras próximas. Ataques à hegemonia de Marduk na Babilônia se intensificaram e ficaram mais ferozes. Mas esses ataques não evitaram a adoção do Sinal da Cruz pela própria Assíria, feroz inimiga da Babilônia. Reis Assírios usavam um cordão com o Sinal da Cruz em seus peitos, como católicos hoje em dia. Até no Egito existe registro de um rei-deus usando o Sinal da Cruz em seu peito, como os assírios.

Nibiru recebeu o nome de Planeta da Cruz, do Cruzamento, devido a seu caminho orbital, ao cruzar a elíptica de Urano – ao entrar no Sistema Solar e ao dar a volta por trás do Sol e se afastar, ele CRUZA a elíptica próxima ao local da Batalha Celestial com Tiamat, realizando o ‘Cruzamento’, como descrito no Enuma elish.

Esse registro gráfico simbólico começou com o Dilúvio, na Era de Leão, cerca de 10900 AC. Textos relacionam a aparição de Nibiru com a catástrofe.

Quando foi concedida a agricultura à humanidade, no meio do 8º milênio AC, selos cilíndricos ilustraram esse evento mostrando o Sinal da Cruz para indicar que Nibiru era visível nos céus da Terra.

Também quando Anu e Antu vieram à Terra cerca de 4000AC na Era de Touro.

A mudança do Disco Alado para o Sinal da Cruz não era uma inovação, e sim um retrocesso a como o Senhor Celestial era descrito nos tempos antigos – mas apenas quando sua grande órbita cruzava a elíptica, ou elipse, e se tornava “Nibiru”.

Como no passado, a apresentação renovada do Sinal da Cruz significava reaparição, voltar à vista, RETORNO.

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