terça-feira, 19 de julho de 2011

Capítulo 11 - O Dia do Senhor

Comparado com os grandes impérios do passado- Babilônia, Assíria, Egito – o reino hebraico era pífio. A comparação de capitais era um massacre. Enquanto os outros tinham zigurates, rampas processuais, portões ornados, palácios majestosos, cais nos rios; Jerusalém era uma cidade pequena com muros construídos apressadamente e com suprimento de água ineficiente. Mas milênios depois, é Jerusalém, uma cidade viva, que se encontra nos noticiários, nos corações das pessoas, enquanto a grandeza das outras transformou-se em pó e ruínas.

A diferença foi feita pelo Templo de Yahweh, seus profetas e previsões que se realizaram e ainda são a chave para o futuro.

O Templo de Jerusalém foi construído para preservar o “Elo Céu – Terra”, o DUR.AN.KI de Nippur. A época de sua construção, 480 anos após a saída dos Israelitas do Egito, foi quando a Babilônia e Assíria adotaram o Sinal da Cruz como precursor do Retorno.

Davi foi ungido para ser o pastor de Israel. Na era dourada da Suméria, seus reis eram chamados Lu.gal, ‘Grande Homem”. Mas eles lutavam para ganhar o querido título de Em.Si – “Pastor Justo” . Era apenas o início da ligação de Davi e o Templo com o passado Sumério. Ele iniciou seu reino em Hebron, cujo nome antigo era Kiryat Arba – “A cidade fortificada de Arba”. Arba era um ‘Grande Homem’ dos Anakim (termos Sumérios Lugal e Anunnaki). A Bíblia afirma que Hebron era um centro dos descendentes dos “Anakim, que como os Nefilim são contados”. Escolhendo ser rei em Hebron, Davi estabeleceu seu reinado como uma continuação direta de reis ligados aos Anunnaki dos Sumérios.

O Templo de Yahweh não seria erguido por Davi, pois em suas muitas guerras ele derramara muito sangue. Seu filho Salomão seria o construtor. Desolado, Davi senta diante da Arca da Aliança e aceita a decisão de Deus, pedindo uma recompensa por sua lealdade a Ele: uma garantia, um sinal, de que a casa de Davi construiria o Templo e seria eternamente abençoada. Na mesma noite ele recebe um sinal divino; a ele é dado um modelo em escala do futuro Templo, da mesma maneira que foi dado a Gudea, mais de 1000 anos antes, como uma visão, para construção do Templo de Ninurta em Lagash.

Segue a descrição do Templo, suas medidas e divisões – como está na Bíblia. Todo o Templo era forrado de ouro, até os pregos. E era proibido ferro para construção do Templo. A Bíblia não explica o porquê. Pode-se especular que o ferro era evitado devido suas propriedades magnéticas e o ouro era usado por ser o melhor condutor elétrico.

Significativamente, os outros dois exemplos conhecidos de templos forrados internamente com ouro estão do outro lado do mundo. Um é o grande templo em Cuzco, capital Inca no Peru, onde Viracocha era adorado. Era chamado Coricancha (‘Área Cercada Dourada’), pois seu Santos dos Santos era completamente forrado em ouro (No Santo dos Santos do Templo de Salomão ficava abrigada a Arca da Aliança).

O outro é em Puma-Punku, nas margens do lago Titicaca, na Bolívia, próximo às ruínas de Tiwanaku. Em “Os Reinos Perdidos” foi sugerido que Puma-Punku foi erguido para a estadia de Anu e Antu quando visitaram a Terra em 4000AC.

Quando a Arca da Aliança foi colocada no Santos dos Santos, “a casa do Senhor foi preenchida com uma nuvem e sacerdotes não conseguiram ficar de pé”. Naquela noite Yahweh apareceu a Salomão e afirmou que escolheu e consagrou essa Casa para que seu Shem permanecesse lá para sempre. (II Crônicas 6-7)

O Templo, construído no topo da plataforma de pedra, com a Arca sobre a rocha sagrada, servia como uma ligação terrena com a deidade celestial – tanto para comunicação quanto para o pouso de sua barca celestial. Por todo o Templo não havia estátuas, ídolos, nenhuma imagem esculpida. Havia apenas a Arca; e nela apenas as 2 tábuas entregues a Moisés no Sinai.

Diferente dos templos mesopotâmicos, onde as deidades habitavam, comiam, bebiam, dormiam e se banhavam; essa era uma casa de adoração, local de divino contato, era um templo para a Presença Divina pelo Habitante das Nuvens.

Uma mudança significativa da representação gráfica do divino aconteceu na época da construção do Templo de Jerusalém, primeiramente e, principalmente, na Assíria. Elas mostravam o deus Ashur como um ‘Habitante das Nuvens’, com freqüência segurando um arco – que lembra a história bíblica do Arco na Nuvem que foi um sinal divino após o Dilúvio. Aproximadamente um século depois, descrições Assírias tiveram uma variação, mudando para ‘Deidade em um Disco Alado’; um deus dentro do emblema do disco, sozinho ou acompanhado da Terra (sete pontos) e Lua.

Já que o disco representava Nibiru, tinha que ser uma deidade chegando com ele. Essas descrições implicavam expectativas da chegada que se aproximava não apenas do planeta, mas também de seus habitantes divinos, provavelmente liderados pelo próprio Anu.

Cerca de 960AC as mudanças na Babilônia foram religiosas. A leitura do Enuma elish, agora adequado a Marduk, era feita publicamente. E Reis começaram a usar nomes relacionados a Marduk e Nabu.

Na Assíria as mudanças eram mais geopolíticas. Com grande ferocidade, Reis iniciaram campanhas militares após outra sobre Suméria & Acádia e lugares essenciais para o Retorno e tentavam tomar o controle dos locais relacionados ao espaço. Imagens assírias desse período mostram esse propósito – como a de um cilindro que mostra um Rei e um Sumo-Sacerdote, acompanhados de Querubins alados (Anunnaki astronautas), ao lado da Árvore da Vida, enquanto recepcionam a chegada de um deus no Disco Alado. Uma chegada divina era claramente esperada.

Após tomar o Local de Pouso, os Assírios se voltaram para Israel. Tiglath-Pileser III invadiu Israel, separou suas melhores províncias e isolou parcialmente seus líderes. Em 722AC, seu filho Shalmaneser V, devastou o que restava de Israel, exilou todo o seu povo e o substituiu por estrangeiros. As 10 tribos foram dispersas.

Senaqueribe, sucessor de Sargão, ataca Jerusalém em 704AC, que era governada pelo Rei Ezequias. A cidade estava cercada e seu povo preso. Ezequias vai ao Templo de Yahweh orar e o profeta Isaías lhe informa do oráculo de Deus: o Rei Assírio nunca entrará na cidade. Ele falhará, voltará para casa e lá será morto (2 Reis 19:35-36). Ao voltar ele é morto por seus dois filhos em 681AC.

Os profetas da Bíblia Hebraica eram mais do que os adivinhos das nações vizinhas. Eram Nabih – “porta-vozes”, que deveriam transmitir a reis e povos as próprias palavras de Yahweh. A Bíblia fala de profetas a partir de Moisés, mas apenas quinze têm seus próprios livros: os três grandes – Isaías, Jeremias e Ezequiel, e doze menores.

Para os profetas hebreus Yahweh era o deus supremo, o Deus dos deuses, um Deus universal, de todas as nações, de toda a Terra, do universo. Eles acreditavam que o futuro era previsível porque era pré-planejado, mas no caminho as coisas poderiam mudar. A Assíria, que foi o bastão da Ira do senhor, também foi punida por agir com brutalidade desnecessária.

O Dia do Julgamento dos profetas era o Dia do Senhor, a Era Messiânica era esperada no Fim dos Dias.

Eram dois eventos separados que ocorreriam em tempos diferentes: um, o Dia do Senhor, o dia do julgamento de Deus, estava prestes a ocorrer; o outro, trazendo uma era benevolente, ainda iria acontecer em algum tempo no futuro.

Em Jerusalém, no 8º século AC, ao falar da chegada do Dia do Senhor, os profetas bíblicos na verdade falavam do Retorno de Nibiru.

Desde o início do Gênesis, uma versão abreviada do Épico da Criação Sumério, a Bíblia reconhece a existência de Nibiru e seu retorno periódico. O Salmo 19 celebra a chegada de Nibiru e a Colisão Celestial. O Salmo 77: 6,17-19, fala do que acontece durante a passagem do Senhor Celestial. Os profetas consideravam esse fenômeno um guia para o que esperar no Dia do Senhor.

O profeta Amós foi o 1º dos quinze profetas literários. Ele começou a ser um Nabih cerca de 760AC, descrevendo o Dia do Senhor como um dia em que o ‘Sol se porá ao meio-dia e a Terra escurecerá no meio do dia’; e comparou esse dia com os eventos do Dilúvio, quando ‘o dia escureceu como noite e as águas dos mares caíram sobre a Terra’. E avisou aos adoradores com uma pergunta retórica: ‘Ai daqueles que desejam o Dia do Senhor! O que ganham com isso? Pois o Dia do Senhor é de trevas e não de luz’(Amós 5:18).

Da mesma maneira Isaías, 50 anos depois (Isaías 13:10-13) e Sofonias (I Sofonias:14-15).

Pouco antes de 600AC, Habacuque rezou ao Deus que ‘está se aproximando nos próximos anos’, e que mostrará piedade apesar de Sua ira. Ele descreveu o esperado Senhor Celestial como um planeta radiante – o mesmo jeito que Nibiru foi descrito em Suméria & Acádia, e aparecerá nos céus vindo do sul: (Hab 3:3-6).

Cerca de 570AC, Ezequiel recebeu a seguinte mensagem divina urgente (Ez 30:2-3):

Filho do Homem, profetiza e diz:

Assim disseste o Senhor Deus:

Grite e chore pelo Dia!

Pois o Dia está próximo – o Dia do Senhor está próximo!”

O local das profecias de Ezequiel e a famosa visão da Carruagem Celestial foi às margens do Rio Khabur, na região de Harran. O local não era ao acaso, pois o fim da saga do Dia do Senhor – e da Assíria e Babilônia, devia acontecer onde a jornada de Abraão começou.

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