Antecipando o grande evento, sacerdotes observando os céus estavam mobilizados para notar fenômenos celestiais e interpretar seus presságios, registra-los e informar aos reis. Os céus eram observados da Via de Anu até o zênite da Via de Enlil. Com o passar do tempo, os sacerdotes passaram a dar suas próprias interpretações de um evento. Essa mudança de estilo aconteceu no 8º século AC, quando a Assíria e Babilônia estavam nas mãos de Tiglath-Pileser III (Assíria) e Nabucodonossor (Babilônia).
Na Assíria, a expectativa da chegada de Nibiru aumentava cada vez mais no 7º século AC. Uma era utópica era aguardada, onde ‘reis encontrariam paz, o povo seria ouvido pelos deuses, que darão paz ao povo; e os problemas acabarão.’
Uma repetição da visita anterior de Anu à Terra era esperada. Cabia agora aos Sacerdotes-Astrônomos vigiar os céus para a reaparição planetária. Mas para onde olhar? Assurbanipal achou a solução.
Historiadores o consideravam o mais instruído dos reis Assírios, pois aprendera outras línguas além da Acádia e alegava que podia até mesmo ‘ler as escrituras de antes do Dilúvio’, além de se gabar de ‘ter aprendido os sinais secretos do céu e da Terra’. Alguns o consideram o ”Primeiro Arqueólogo”, pois colecionava tábuas dos locais que já eram antigos em seu tempo, com Nippur, Uruk e Sippar, onde ficava a Suméria. Entre as tábuas havia umas que pertenciam a uma série intitulada “O Dia de Bel” – o “Dia do Senhor”. Tábuas relacionadas com as idas e vindas dos deuses e às passagens de Nibiru também eram julgadas importantes.
Uma pista para as expectativas de Assurbanipal era a tradução para o Acádio das descrições Sumérias das cerimônias realizadas nas visitas de estado de Anu à Terra em 4000AC. Ele estava imbuído em reunir, traduzir e estudar todos os textos antigos para orientar sacerdotes-astrônomos para detectar, no primeiro momento possível, o retorno de Nibiru e informar ao Rei os procedimentos para o que fazer a seguir. Era importante ser informado da aparição do planeta o mais rápido possível, para dar tempo de preparar a recepção adequada para a chegada do grande deus mostrado dentro do Disco Alado (Anu?) e ser abençoado com vida longa e talvez, eterna.
Mas o destino não quis assim.
Logo após a morte de Assurbanipal, rebeliões estouraram pelo império Assírio. Reis locais tomavam o controle e declaravam independência. A Babilônia é separada do reino casado com a Assíria. O General Nabupolassar alega ser filho de Nabu e é declarado Rei de uma independente babilônia. Logo ele arruma aliados para uma ação militar contra a Assíria. Os principais eram os Medos (precursores dos Persas), que tinham experimentado a brutalidade Assíria. Com a Babilônia avançando pelo Sul, os Medos atacaram pelo Leste e em 614AC, como profetizado pelos profetas hebreus, capturaram e queimaram a capital religiosa da Assíria – Ashur. Depois foi a vez de Níneve, a capital real. Em 612AC, a grande Assíria estava em desordem. A única explicação era que os deuses haviam retirado sua proteção dessa terra. Na verdade, eles se retiraram dessa terra e da Terra.
A família real Assíria foge para Harran, procurando a proteção de Sin, mas o deus não responde. Em 610AC, tropas babilônicas capturam Harran e acabam com as esperanças Assírias. Novamente a Babilônia governava as terras que foram “Suméria & Acádia”.
Em 610AC os Egípcios, que estavam do mesmo lado que a Babilônia contra os Assírios, avançaram para o norte e tomaram os locais que os babilônios consideravam seus. Esse avanço os colocou a um braço de distância de Harran e também nas mãos do Egito os locais relacionados ao espaço, no Líbano e Judéia.
A Babilônia não deixaria barato. Um velho Nabupolassar confia a recaptura dos locais vitais a seu filho Nabucodonossor. Em 605AC os babilônios esmagam o exército egípcio, libertando a ‘floresta sagrada’ no Líbano, que Nabu e Marduk desejavam e perseguem os fugitivos egípcios até o Sinai. Nabucodonossor só para quando fica sabendo da morte de seu pai. Ele retorna e no mesmo ano é proclamado Rei da Babilônia.
O avanço Egípcio e a feroz resposta da Babilônia são explicados pela perspectiva do retorno. Em 605AC o retorno de Nibiru era considerado iminente. No mesmo ano o profeta Habacuque começa a profetizar em nome de Yahweh em Jerusalém.
Habacuque pergunta quando o Dia do Senhor chegará: (2:2-3).
O tempo marcado chegaria 50 anos depois.
A Babilônia se prepara para o retorno. O Esagil de Marduk é renovado e reconstruído; um novo corredor processional levando ao recinto sagrado é construído com paredes decoradas com belos tijolos envidraçados que encantam até o dia de hoje. Pelas evidências era esperado que o deus chegando no Disco Alado chegasse no Local do Pouso no Líbano, e então realizaria o retorno entrando na Babilônia através do novo e maravilhoso corredor processional pelo portal imponente, um portal chamado Ishtar (Inanna), que havia sido a ‘amada de Anu’ em Uruk – outra pista de quem era esperado chegar.
A Babilônia herda o papel de novo “Umbigo da Terra”. Papel da antiga Nippur como o DUR.AN.KI. Papel também ocupado por Jerusalém. Se essa era a visão de Nabucodonossor, então a Babilônia tinha que substituir o papel do existente elo espacial – Jerusalém.
Em 598AC, Nabucodonossor, representando o ódio de Deus pelo povo de Jerusalém (por terem adorado deuses celestiais – Baal, Sol, e a Lua – II Reis 23:5 – mostrando Marduk como entidade celestial), captura Jerusalém. O cerco dura 3 anos e ele exila parte do povo e a nobreza, entre eles o profeta Ezequiel, levado a residir às margens do Rio Khabur, próximo a Harran. A cidade em si fora deixada intacta.
11 anos depois, em 587AC, os babilônios voltam com tudo, queimando o Templo de Salomão, executando a vontade de Nabu e Marduk.
O profeta Jeremias prevê a queda da Babilônia e o destino de seus deuses: (50:2).
A punição divina também cai sobre Nabucodonossor. Enlouquecido, por causa de um inseto que entrara em seu cérebro pelo nariz, ele morre em 562AC em agonia.
Tábuas desse tempo registram observações reais de Nibiru como o “Planeta de Marduk”.
Baseado nas fórmulas de Kepler para órbitas planetárias ao redor do Sol, todo período de visibilidade de Nibiru nos céus da Mesopotâmia durou apenas poucos anos. Nabuna’id, o último rei da Babilônia, afirmou que seu reino fora confirmado porque o “Planeta de Marduk, alto no céu, chamou por meu nome”, isto é, estava visível nos céus. Isso coloca Nibiru à vista pouco antes de 555AC, ano em que Nabuna’id sobe ao trono.
Uma boa pista para a época precisa do Retorno é a profecia das “Trevas ao Meio-Dia”, no Dia do Senhor – um eclipse Solar. E tal eclipse de fato ocorreu em 556AC!
A extensão, duração e caminho de total escuridão variam de passagem para passagem (da Lua, entre a Terra e o Sol) por causa da sempre mutável tripla dança orbital entre os astros envolvidos, mais a rotação diária da Terra e a mudança de sua inclinação axial.
Documentos astronômicos mostram registros de eclipses reunidos pelos babilônios. Um passou pela Assíria em 762AC, seguido por um em 584AC que foi visto em todas as terras do Mediterrâneo. Mas então, em 556AC, acontece um eclipse solar em um “tempo não esperado”. Uma tábua (VACh.Shamash/RM.2,38.) lida com um eclipse solar e registra o fenômeno:
No início, o disco Solar,
em um tempo não esperado,
foi escurecido,
e ficou no brilho do Grande Planeta.
No dia 30 [do mês] foi
O eclipse do Sol.
É nossa sugestão que o trecho acima indica um inesperado e extraordinário eclipse solar de algum jeito causado pelo retorno de Nibiru. Se a causa direta foi o próprio planeta, ou os efeitos de seu brilho (empuxo magnético/gravitacional) sobre a Lua, o texto não explica.
É um fato astronomicamente histórico que em grande eclipse solar ocorreu em 19 de maio de 556AC. Um mapa preparado pela NASA (mostrado no livro), mostra que foi um grande eclipse, visto em áreas amplas, e que uma faixa de escuridão total passou exatamente sobre o distrito de Harran!
(A importância de Harran, localização, descrição, etc. está no capítulo 5).
Esse fato é bem significativo, pois logo após, em 555AC, Nabuna’id foi proclamado Rei da Babilônia não na Babilônia, mas em Harran. Depois dele, como Jeremias profetizou, a Babilônia seguiu o destino da Assíria.
FOI EM 556AC QUE NIBIRU RETORNOU. ERA O PROFETIZADO DIA DO SENHOR.
E quando o planeta retornou, nem Anu, e nenhum dos outros deuses apareceram. Pelo contrário. Os Anunnaki partiram da Terra.
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