terça-feira, 19 de julho de 2011

Capítulo 14 - O Fim dos Dias

Eventos incríveis na lembrança do passado da humanidade são considerados "mitos" ou "lendas" para a maioria dos historiadores.
É parte da herança cultural e religiosa de povos de toda a Terra. O 1º casal, o Dilúvio, deuses que vieram do céu e até mesmo a partida de deuses de volta para os céus. Deve-se prestar atenção na memória coletiva dos povos das terras em que as partidas ocorreram.
Os Aymaras, nativos dos Andes, dizem que Viracocha deu aos primeiros dois casais de irmãos dois bastões dourados com que deviam achar o local certo para Cuzco, a capital Inca, o local para Machu Picchu e outros locais sagrados. Após fazer tudo isso, ele partiu.
Na Mesoamérica, Quetzalcoatl (Thoth) concedeu a civilização e em 3113AC trouxe seus seguidores Africanos (Olmecas) dando início à civilização. Sua partida não é especificada, mas tinha que coincidir com o fim de seus protegidos e a simultânea ascensão dos Maias - cerca de 600/500AC. A lenda diz que quando ele partiu, prometeu voltar no aniversário de seu número secreto - 52.
No meio do 1º milênio AC, em vários cantos do mundo, a humanidade se achou sem seus tão adorados deuses. E logo veio a pergunta: Eles voltarão? Como uma família abandonada pelo pai, a humanidade se agarrava na esperança de um Retorno; então, como um órfão desamparado, a humanidade procurou por um Salvador. Os Profetas prometeram que com certeza aconteceria - no Fim dos Dias.
Os Anunnaki chegaram a 600 na Terra e 300 em Marte (IGIGI). Após o Dilúvio esse número foi reduzido, especialmente após a visita de Anu. A maioria voltou para Nibiru, alguns morreram na Terra (Dumuzi, Zu, Seth, Bau, Osíris). A partida dos Anunnaki no retorno de Nibiru foi o dramático final.
Nações cercando a Judéia eram zombadas por não ter um "deus vivo", mas ídolos esculpidos em madeira, pedra e metal - deuses que precisavam ser carregados, pois não podiam caminhar.
Quem, dos grandes Anunnaki, ficou na Terra? Pelos textos do período seguinte, a certeza é para Marduk e Nabu, dos Enki'itas e Sin, sua esposa Ningal, seu ajudante Nusku e possivelmente Ishtar (Inanna), dos Enlilitas. De cada lado havia apenas um grande deus do céu e da Terra: Marduk e Sin.
As circunstâncias são refletidas na história do último rei da Babilônia. Escolhido por Sin em Harran, necessitou da bênção de Marduk na Babilônia e tinha o nome NABU-na'id. Esse reinado divino em conjunto pode ter sido uma tentativa de um Duplo Monoteísmo (inventando uma expressão); mas a conseqüência imprevista  foi o plantar as raízes do Islã.
Registros mostram que deuses e o povo não estavam contentes com esse arranjo. Na Babilônia, Nabuna'id era alvo dos sacerdotes, que o acusavam de problemas civis, negligência econômica, falta de segurança pública e a mais séria: sacrilégio religioso. Ele fez uma imagem de um deus que ninguém vira antes na terra, o colocou sobre um pedestal e o adornou com lápis lazuli e o coroou com uma tiara na forma de uma Lua eclipsada (o deus era Sin) e "sua mão tinha o gesto de um demônio". Era uma imagem tão estranha, os sacerdotes escreveram, que nem Enki nem Ninmah poderiam tê-la criado (na tentativa de criar o homem, eles deram à luz a incríveis aberrações). Duas bestas foram esculpidas como guardiões - um demônio do Dilúvio e um touro selvagem - e colocados no Templo de Marduk, o Esagil.
E Nabuna'id ainda proibiu que o festival AKITU fosse celebrado (a quase morte, ressurreição, exílio e triunfo de Marduk). Sacerdotes babilônios o forçaram a partir em exílio para uma "região distante". Seu filho Bel-Shar-Uzur - o Belshazzar do Livro de Daniel, assume o trono.
Seu exilo foi a Arábia. Seu cortejo incluía Judeus exilados de Harran. Seu centro era em Teima, agora no noroeste da Arábia Saudita. Lá ele fundou outros seis assentamentos para seus seguidores; cinco deles foram listados - mil anos depois - por escritores árabes como cidades judias. Uma delas era Medina, a cidade onde Maomé fundou o Islã.
Um fragmento dos Manuscritos do mar Morto menciona que Nabuna'id sofria em Teima de uma "desagradável doença de pele" que só foi curada depois que "um Judeu lhe disse para prestar honras ao Deus Altíssimo". Mas para ele o Deus Altíssimo não era Yahweh, e sim seu benfeitor Sin, o deus da Lua, cujo símbolo da crescente lunar foi adotado pelo Islã.
O paradeiro de Sin desaparece dos registros Mesopotâmicos depois da época de Nabuna'id. Textos descobertos descrevem o deus como aposentado, com sua esposa, para um oásis. Indagando por que a Península do sinai foi assim chamada em honra a sin e sua encruzilhada central em honra à sua esposa Ningal/Nikkal (o local ainda é chamado, em árabe, de Nakhl), o Sr. Sitchin supõe que o envelhecido casal se aposentou em algum lugar às margens do Mar Vermelho e o Golfo de Eliat.
Textos Ugaríticos chamavam o deus da Lua EL - simplesmente "Deus", um precursor do Alá do Islã; seu símbolo, o da crescente lunar, coroa toda mesquita muçulmana. E como manda a tradição, as mesquitas são cercadas até hoje, por minaretes que simulam foguetes de vários estágios prontos a serem lançados.

*** 

A emergência dos Persas é citada, junto com Ciro, o emissário de Yahweh, para a conquista da Babilônia, o que acontece em 539AC. Ciro alega que Marduk o convidara para entrar na cidade. Ele é recebido como um salvador pelos sacerdotes do herege Nabuna'id. Ele acaba com o exílio Judeu, devolve os itens pilhados por Nabucodonossor e ordena a reconstrução do templo em Jerusalém. Completado em 516AC, como profetizado por Jeremias, 70 anos depois da destruição do Primeiro Templo (e passa a ser conhecido como o Segundo templo).
Ciro consolidou o vasto império Persa em toda área da Mesopotâmia e deixou para seu filho Cambises, a ampliação do Império até o Egito, que se encontrava em um caos político e religioso. O principal culto nessa época era o do falecido Osíris; a principal deidade era a fêmea Neith (que tinha o título de "Mãe de Deus"); e o principal objeto de culto era o sagrado touro Ápis. Como seu pai, Cambises deixava que o povo adorasse quem quisesse.
Crescentes tensões resultaram em guerras entre Gregos e Persas. As incríveis vitórias de Alexandre, o grande, têm como a grande responsável por suas incursões na África e Ásia uma busca pessoal: a de que um deus Egípcio, e não Felipe II, era seu pai. Os rumores diziam que seu verdadeiro pai havia visitado a rainha, Olympia, disfarçado como seu marido. Como o panteão Grego é derivado do panteão do Oriente Próximo, a aparição de um desses deuses não era impossível.
Uma visita ao Oráculo de Delfos apenas intensificou o mistério. Ele foi aconselhado a procurar respostas em um local sagrado Egípcio. Assim que os Persas foram derrotados na 1ª batalha, ao invés de persegui-los, Alexandre deixou seu exército e se dirigiu ao oásis de Siwa, no Egito.
Lá os sacerdotes confirmaram que ele era filho do deus carneiro Amon. Portanto um semi-deus. Para celebrar ele mandou cunhar moedas mostrando-o com chifres de carneiro.
Enquanto o curso da guerra de Alexandre é bem documentado, sua busca pessoal é considerada uma lenda romanceada. Como mostrado em "A Escada para o Céu", os sacerdotes Egípcios o mandaram para Tebas, onde ele viu que sua história era idêntica a de Hatshepsut, filha de Amon, que possuiu sua mãe disfarçado como o marido.
No Templo de Amon, Alexandre é coroado Faraó.
Seguindo instruções ele entrou em uma câmara subterrânea no Sinai e foi para onde Rá (Marduk) estava - Babilônia.
Em 331AC ele entra na cidade e dirige-se para o Esagil, para segurar na mão de Marduk, como conquistadores antes o fizeram. Mas o grande deus estava morto.
De acordo com pseudo-fontes, Alexandre viu o deus deitado em um caixão dourado e seu corpo imerso (ou preservado) em óleos especiais. Marduk não estava mais vivo e seu zigurate, o Esagil, foi descrito por historiadores posteriores como sua tumba.
De acordo com Strabo - historiador geógrafo Grego, em sua Geografia, a Tumba de Bel/Belus/Marduk, foi destruída por Xerxes, que foi um rei Persa e regente da Babilônia de 486 a 465AC. Assiriologistas em um congresso em 1922 concluíram que Marduk já estava em sua tumba em 484AC. Na mesma época Nabu também desaparece da história.
Chegava ao fim a saga dos deuses que formaram a história no planeta Terra. Pela primeira vez desde Adão, o homem estava sem seus criadores.
Nesses tempos tristes a esperança veio de Jerusalém. Jeremias já havia profetizado o fim da Babilônia e de Marduk - a cidade seria esmagada e Marduk envelheceria e morreria. Nessas profecias havia previsões de um restabelecido Sião, de um templo reconstruído e de um "final feliz" para todas as nações no Fim dos Dias (23:20), (30:24). "E nessa época eles chamarão Jerusalém de Trono de Yahweh e todas as nações serão reunidas lá" (3:17).
Assim, o Dia do Senhor, um dia de julgamento sobre toda a Terra e todas as nações, será seguido por uma Restauração, Renovação e uma era benevolente centrada em Jerusalém. Tudo é pré-ordenado, o fim já era planejado por Deus no início.
O papel de Jerusalém, na essencialidade do Monte do templo, tem uma razão mais que teológico-moral. A necessidade de ter o local pronto para o retorno do Kavod de Yahweh. E Isaías ainda liga outro local a Jerusalém: é de lá, Líbano, que o Kavod de Deus chegará a Jerusalém (35:2 e 60:13).
Conclui-se que o Divino Retorno era esperado no Fim dos Dias; mas quando o Fim dos Dias chegará?
Segue um extenso texto que fala das profecias de Daniel, Jeremias e Sofonias sobre quando ocorrerá o Fim dos Dias (é uma análise em cima de alguns trechos Bíblicos). De relevante é a informação que Yahweh dá a Daniel: "Da época em que a oferenda normal é abolida e uma aterradora abominação se ergue, serão mil duzentos e noventa dias". Isso só poderia se referir aos eventos ocorridos em Jerusalém no 25º dia do mês hebraico de Kislev em 167AC.
A data é precisamente registrada, pois foi então que "a abominação da desolação" foi colocada no Templo, marcando, muitos acreditam, o início do Fim dos Dias.

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