Pesquisa realizada por Júnia Caetano, reproduzido aqui com sua autorização.
MOISÉS
Quem era esse homem?
Colocado num cesto ao rio,
É salvo pela filha do faraó,
tem proeminência na corte egípcia...
E é ele quem vai receber os 10 Mandamentos ditados por YAWEH e o Livro da Aliança, no Monte Horebe.
Com ele ocorre o episódio da “Sarça Ardente”,
e qdo o povo espantado pergunta o q era aquele “maná” q caía dos céus, Moisés é quem esclarece q era o “pão que o Senhor vos dá para vosso alimento”. ÊX 16:31
Moisés veio 600 anos depois de Abrãao...
Outro personagem q tem uma ligação intrigante com o Egito é
José, filho de IsraEL (Jacó) e de Raquel .
Vendido como escravo no Egito,
acaba ocupando o posto de Vizir. (!)
E suas estórias estão intimamente entrelaçadas.
*comentei anteriormente q José era o caçula de IsraEL/Jacó, mas não.
Seu irmão Benjamim q era;
Sua mãe Raquel morreu nesse parto.
Da linhagem de Benjamim veio Saul, q se tornou rei dos Judeus ungido por SamuEL (q mais tarde ungiu Davi);
Isso depois de um longo tempo em q o governo era feito pelos Juízes, representando as Tribos de IsraEL.
Muitos historiadores relutam com essa teoria dos israelitas-egípcios serem o povo de Hicsos...
Com relação aos deuses anunnaki,
O Egito era território Enkiita, ele tinha ficado com os domínios africanos e EnKi/Ptah e seu filho Amon/Rá/Marduk e Thot/Ninghizida estiveram ali por muito tempo.
Vamos então ver como Moisés surge nesse contexto.
Serão expostos excertos de livros de alguns autores q terão os devidos créditos ao final de cada exposição.
"Uma Nova Dinastia"
“O enredo que temos até agora é que, há cerca de 2600 a.C. e desde a 4° dinastia egípcia de Sneferu, o Templo de Serâbït el Khâdim estava operativo no Monte Horebe, no Sinai.
Era a dinastia de Khufu (Quéops), Khafre (Quéfrem) e Miquerinos, aos quais as três pirâmides de Gize são atribuídas.
Em Serâbit, os Grandes manufaturavam, a partir do ouro, um misterioso pó branco de projeção chamado mfkzt, que os israelitas perguntavam se era maná (o que é isto?).
O mfkzt era enformado como bolos cónicos (chamados de "pães brancos") e alimentava os reis da Casa Real do Ouro.
Ele aparentemente acentuava suas qualidades de reinado e estava também ligado a um "campo" enigmático da Vida após a Morte para o qual os reis mortos eram transportados — o Campo de Mfkzt.
O Templo de Serâbit deixou de funcionar como local de trabalho alquímico na era ramessida (c. 1330 a.C.), quando o Senhor da Montanha passou os segredos da Casa do Ouro a uma nova ordem de sacerdotes aaronitas. "
*aaronitas
Eram sacerdotes da linhagem de Aarão, irmão de Moisés.
“Os dias das dinastias legítimas do Egito haviam acabado e novas influências externas pressionavam.
Ramsés I (de c. 1335 a.C.) não vinha de descendência real e, embora sua esposa Sitre fosse de uma linhagem de um primo do faraó, era demasiado afastada para ser considerada herdeira hereditária.
Em seguida à prematura morte do rei-menino Tutankhamon e à decadência da 18a dinastia, era tempo de a linhagem real partir.
Nesse ínterim, a irmã de Tutankhamon se casara em uma linha israelita da família.
Como a realeza egípcia era estritamente ligada à herança materna, ela era a verdadeira herdeira das antigas dinastias e estava presente no Sinai com seu marido e Moisés.
Os tesouros da Casa do Ouro (o Urim-Schamir e o Tumim-Schethiyâ) foram entregues aos cuidados de Moisés e dos novos sacerdotes israelitas que foram encarregados, no Sinai, de estabelecer uma dinastia real na Terra Prometida.
No devido momento, esse reis (descendentes da 18a dinastia do Egito) se tornariam a Casa Real de Judá, a linhagem de Davi, Salomão e, por fim, Jesus.
Antes, porém, tinham de entrar na terra de Canaã (mais tarde, Palestina), atravessá-la e conquistá-la antes que a nova monarquia pudesse ser estabelecida em Jerusalém.”
Laurence Gardner
A Sarça Ardente
“A Egiptiaca, de Maneto (conselheiro do faraó Ptolomeu por volta de 300 a.C.), registra que Moisés foi um sacerdote egípcio em Heliópolis.
O historiador judeu do século I, Flávio Josefo, não concorda com essa declaração de Maneto; mas, em seu Antiguidades Judaicas, ele próprio diz que Moisés era comandante do exército egípcio na guerra contra a Etiópia.
A rota para a descoberta da identidade de Moisés reside em seu nome que embora convertido para Mosheh, em hebreu, não tem origem israelita ou hebraica.
Esse fato, além da indicação em Êxodo 11:3: "Moisés era mui famoso na terra do Egito", leva a perceber que o nome Moisés tem uma raiz egípcia.
Como citaram Sigmund Freud, James Henry Breasted, Ahmed Osman e outros que pesquisaram a etimologia, o nome Moisés, na verdade, deriva da palavra egípcia mose (grego: mosis), relacionada a um "rebento" "herdeiro",
como em Tutmose (Tutmoses): "nascido de Thot", e Amenmose: "Nascido de Amon".
O nome hebraico Mosheh supostamente deriva da palavra mosche, : significa "aquele que tira", ou "o que tira".
Isso viria do nome dado a Moisés pela filha do faraó, que tirou seu cesto de juncos do rio.
É extremamente improvável, porém, que uma princesa egípcia conhecesse etimologïia hebraica, especialmente porque o hebreu não seria a linguagem dos israelitas após mais de quatrocentos anos de estabelecimento no Delta.
Ela certamente teria dado um nome egípcio para o bebê que adotou.
Em segundo lugar, Moisés não era "o que tira"(o mosche), ele foi o "tirado", cuja palavra hebraica equivalente era moshiu.
A raiz da história do menino no cesto de junco não é difícil de rastrear.
Ela aparece nos registros que os israelitas posteriores, que foram capturados por Nabucodonosor, na Babilónia (c. 586-536 a.C.), sem dúvida leram atentamente, com interesse ancestral. "
Sharru-Kîn
"Nas bibliotecas da Mesopotâmia haveria a história da Criação original, o Enüma elish, junto com o Épico de Gilgamesh, que descrevia a Grande Inundação, e a Tábua Adapa, que detalhava o primeiro homem que reinou, o Adâma.
Entre esses arquivos de argila (antigos já no século 6 a.C.) havia o protótipo da arca de juncos na Lenda de Sharru-kîn, que se tornou Sargão, o Grande, rei da Acádia (2371-2316 a.C.).
Um texto assírio relacionado a Sargão diz:
"Minha mãe de criação me concebeu; em segredo ela me carregou. Ela me pôs em um cesto de juncos e, com piche, ela selou a tampa.
Ela me atirou no rio, que não me cobriu.
O rio carregou-me até Akki, o carregador da água"
(...)
“O linguista histórico Ahmed Osman, nascido no Cairo, conduziu profundas pesquisas referentes à identidade de Moisés e aos costumes da época.
Além da óbvia semelhança com a Lenda de Sharru-Kîn, Osman aponta que, de acordo com os costumes daquele tempo, seria muito improvável que uma princesa egípcia solteira obtivesse permissão para adotar uma criança.
Segundo os registros egípcios, ele também explica que havia uma base factual para o conto do cesto de juncos, embora com um arranjo e um enredo mais compreensíveis.”
“Quem era então o bebê egípcio (que se tornou um homem) chamado Moisés, o legendário personagem que cumpriu sua famosa missão no monte Horebe e encontrou seu destino como patriarca da Lei Judaica?
Antes deste livro, discuti o legado de Moisés anteriormente tanto em A Linhagem do Santo Graal* como na Génesis ofthe Grau Kings.
Chegou a hora de montar as peças-chave, enquanto nos preparamos para embarcar em nossa jornada a partir do Sinai com a Arca da Aliança;
uma jornada que nos levará através de mais de 1300 anos, até a era do Evangelho e os séculos que se seguiram.
Devemos rever alguns elementos familiares, o que é necessário para recriar a cena emergente, especialmente para os que não leram os outros trabalhos desta série."
"Antes do século XX, pouco se sabia a respeito das antigas tradições cananéias, mas a partir de 1929 um grande número de textos, de cerca de 1400 a.C., foi encontrado em Rãs Shamra (a antiga cidade de Ugarit) no noroeste da Síria.
Mais recentemente, também, como em 1975, descobriram-se mais tábuas nos arredores de Tel Mardikh (a antiga cidade de Elba).
Personagens até então considerados apenas bíblicos eram trazidos à vida arqueologicamente, incluindo E-sa-um (Esaú), Ab-ra-mu (Abraão), Is-ra-ilu (Israel) e Ib-nun (Eber).
Essas descobertas, comparadas com outras similares na Mesopotâmia, no Egito e em outros locais, provam, sem deixar dúvidas, que não podemos limitar a história ao material disponível em arquivos a qualquer dado momento.
Há mais história adormecida sob os oceanos e as areias varridas pêlos ventos do que jamais poderemos encontrar.
O livro do Êxodo relata que a vida do bebê Moisés estava sob ameaça, porque o faraó decretara a morte de todos os varões israelitas recém-nascidos.
A suposta razão para essa sentença era que os israelitas "se multiplicaram e grandemente se fortaleceram; de maneira que a terra se encheu deles"
Êxodo 1:7
Fora ordenado que "todo filho que nascesse deveria ser atirado ao rio"; assim, uma mulher da casa de Levi colocou seu menino de três meses em um cesto de juncos e piche, colocando-o entre os caniços da água. "
"A história torna-se então algo implausível, pois surge a filha do faraó, que não parece se importar com as ordens de seu pai.
Ela descobre o bebê e inicia uma conversa com a irmã dele, que por acaso estava por perto.
O bebê foi então devolvido a sua mãe, que foi paga pela princesa para criá-lo.
Em pouquíssimo tempo, o menino voltara ao ponto de partida e todo o medo de perseguição faraônica parecia ter sido esquecido!
Finalmente, a princesa adotou o menino como seu filho e o chamou Moisés, sem que ninguém pensasse em perguntar a respeito de seus pais naturais.
Eis a história bíblica da infância de Moisés;
já no verso seguinte (Êxodo 2:11), ele aparece como um homem adulto."
José, O Grão-Vizir, Um influente israelita chamado Yusuf-Yuya (José) fora primeiro-ministro (vizir) do faraó Tutmoses IV e de seu filho Amnhotep III.
Quando Tutmoses morreu, Amnhotep casou-se com sua irmãzinha Sitamun (como era a tradicão real) para poder herdar o trono segundo a sucessão matrilinear.
Pouco depois, para ter também uma esposa adulta, Amnhotep casou-se com Tiye, filha de Yusuf-Yuya.
Decretara-se, porém, que nenhum filho de Tiye poderia herdar o trono e, por causa da extensão do poder do pai dela, havia um temor geral de que seus parentes israelitas estivessem ganhando demasiado poder no Egito.
Além disso, uma vez que Tiye não era a herdeira legítima, ela não podia representar o Deus do Estado, Amen (Amon).
Assim, quando Tiye ficou grávida, certos oficiais do palácio pensaram que seu filho deveria ser morto logo ao nascer, se fosse varão.
Sabendo disso, fizeram-se arranjos com os parentes israelitas, que viviam em Goshen, na região do Delta do Nilo.
Nas proximidades, em Zaru, Tiye tinha um palácio de verão, para onde foi para ter seu bebê.
Em seguida, as parteiras arranjaram para que o menino fosse criado pela cunhada de Tiye, Tey, da Casa de Levi.
O menino, Amenhotep (nascido c. 1394 a.C.), foi mais tarde educado em Heliópolis pelos sacerdotes egípcios de Ra (como explicado por Maneto a respeito de Moisés) e na adolescência passou a viver em Tebas.
Naquela época, sua mãe tornara-se mais influente que a rainha principal, Sitamun, que nunca tivera um filho e herdeiro do faraó, apenas uma filha, Nefertite.
O faraó Amenhotep III sofreu então uma doença e, como não havia herdeiro varão direto para a casa real, o jovem Amenhotep foi trazido à cena.
Ele se casou com sua meia-irmã, Nefertite, para reinar como co-regente durante esse período difícil e, quando seu pai morreu, sucedeu-o como Amenhotep IV."
José, vendido no Egito era conhecido como Yusuf-Yuya teve uma filha de nome Tye.
Tye se casa com Amnhotep III,"Amon/Amen está alegre".
Teve Amnhotep IV (Moisés), algumas vezes chamado de Amenófis IV.
Amenhotep IV casou-se com sua meia-irmã Nefertite, q era filha de seu pai com a espôsa Oficial, Sitamun.
Amenhotep IV mudou seu nome para Akenaton ,"Glorioso Espírito de Aten", ou "Servo de Aton", o deus sem rosto.
"No antigo Egito, era prática comum que os faraós se casassem com suas irmãs para prolongar seu reinado pela da linhagem materna.
Essas esposas eram, frequentemente, meias-irmãs dos faraós, nascidas de pais diferentes.
Pode-se ver em quadros genealógicos da época que, embora o Egito tenha tido muitas dinastias reais sucessivas, essas casas eram apenas renomeadas e renumeradas quando um faraó morria sem um herdeiro varão.
O importante era que sua rainha tivesse uma herdeira mulher; após o casamento dessa filha com outra linhagem masculina, uma nova dinastia iniciava-se.
É também evidente que muitos faraós tinham certo número de esposas estrategicamente escolhidas e que frequentemente se casavam com várias linhagens do sangue real original da Mesopotâmia, do qual descendiam as primeiras dinastias faraónicas.
Em tais casos, os príncipes coroados casavam-se com as filhas das rainhas secundárias ou as mais novas de seus pais, perpetuando assim uma descendência aparentemente patrilinear, mas na verdade elevando o sangue feminino de sua linhagem em favor de sucessivas gerações."
"Por causa de sua criação parcialmente israelita, Amenhotep IV (algumas vezes chamado Amenófis IV) não podia aceitar as divindades egípcias e sua miríade de ídolos.
Assim, ele desenvolveu a noção de Aten, um deus onipotente sem imagem, representado por um disco solar com raios voltados para baixo (distinguindo-se do deus-sol egípcio Ra).
O nome Aten era equivalente à palavra hebraica Adon, um título emprestado do fenício, que significa "Senhor", como a palavra igualmente familiar Adonai, que significa "Meu Senhor".
Ao mesmo tempo, Amenhotep (Amen está contente) mudou seu próprio nome para Akhenaton (Glorioso espírito de Aten).
Fechou todos os Templos dos deuses egípcios, tornando-se muito impopular, particularmente entre os sacerdotes de Ra e os da divindade nacional anterior, Amen.
Com sua esposa Nefertite, Akhenaton teve seis filhas e mantinha uma vida doméstica extraordinariamente bem disciplinada. Mas havia complôs contra sua vida e ameaças de insurreição armada se ele não permitisse que os deuses tradicionais fossem adorados junto com o Aten sem rosto.
Ele recusou e acabou sendo forçado a abdicar em favor de seu primo, Smenkhkare, que foi sucedido por Tutancaten (filho de Akhenaton com sua segunda rainha, Kiya).
Ao chegar ao trono, com cerca de 11 anos, Tutancaten foi obrigado a mudar seu nome para Tutankhamon — denotando assim uma fidelidade renovada a Amen, no lugar de Aten —, mas ele viveria apenas mais nove ou dez anos.
Akhenaton, nesse tempo, foi banido do Egito em aproximadamente 1361 a.C.116, embora seus partidários ainda o considerassem monarca de direito.
Para eles, era o herdeiro vivo do trono de seu pai; eles ainda o viam como o Mose real (em grego: Mosis)."
"Desde o momento de seu exílio, Akhenaton (dali em diante igualado a Moisés) fez duas viagens ao Sinai, tendo retornado brevemente ao Egito entre elas, como explicado no livro do Êxodo.
O êxodo israelita geral, que ele liderou, ocorreu na segunda ocasião, por volta de 1330 a.C.
O culto a Aten continuou por algum tempo depois da morte de Tutankhamon, época em que a coroa foi transferida para seu tio-avô, Aye, marido de Tey, que criara Akhenaton e sua meia-irmã, Nefertite.
Tey era a Gloriosa — a Yokâbar, que a Bíblia chama Jochebede.
Aye foi sucedido por seu genro, o general Horemheb, que anulou Aten, proibiu a menção do nome de Akhenaton e amputou os reis de Amarna da lista oficial de Reis.
Destruiu também diversos monumentos da época; foi por essa razão que a descoberta do túmulo de Tutankhamon em novembro de 1922 foi recebida como uma grata surpresa, pois pouquíssimo se sabia a respeito dele anteriormente.
Inicialmente, como explicado em Êxodo 2:15-3:1,
Moisés fugiu para a terra de Midiã, a leste do Sinai peninsular.
Sua rainha principal, Nefertite,aparentemente morrera pouco tempo antes e, embora seus restos não tenham sido descobertos, um cartucho com seu nome foi encontrado nos anos de 1930 no túmulo real de Amarna."
"Em Midiã, Moisés tomou outra esposa, Zípora, filha do senhor Jetro; ela lhe deu dois filhos, Gerson e Eliezer (Êxodo 2:22,18:4).
A história passa então à "SARÇA ARDENTE" no monte Horebe, no Sinai.
O arbusto estava envolvido em luz flamejante, mas não era consumido (Êxodo 3:2-4), e do meio dele surgiu um anjo.
O Senhor, El Shaddai, apareceu então em pessoa, anunciando a Moisés que ele deveria ser chamado "Eu sou o que sou"(3:14) —YHVH: Javé ou Jeová, em seguida, fizeram-se arranjos para que Moisés voltasse ao Egito e buscasse os israelitas, que haviam sido escravizados pelas severas autoridades novas.
Naquele momento, o reinado de Horemheb havia terminado e um regime completamente novo começara no Egito: a 19a Dinastia, cujo faraó instituído era Ramsés I.
Afastado do Egito durante muitos anos, Moisés evidentemente perguntou ao Senhor como ele poderia provar sua identidade aos israelitas, tendo recebido três instruções.
Elas embaraçaram os teólogos por muito tempo, porque, embora a Bíblia se oponha a todas as formas de magia, Moisés foi aconselhado a realizar três feitos mágicos.
Em geral, quando tais façanhas são discutidas, são chamadas de "milagres", de forma que as realizações humanas sejam sempre superadas pelas supremas habilidades de Deus.
Mas nesse caso, Moisés aparentemente recebera poderes divinos que o capacitaram a convencer os israelitas de que era realmente seu rei deposto (Êxodo 4:1-9)."
AARÃO E MOISÉS
"Foi aconselhado primeiro a atirar sua vara na terra, onde ela se tornaria uma serpente que, quando segurada, voltava a ser vara.
Em segundo lugar, tinha de pôr a mão no peito; ao tirá-la, ela estaria leprosa e branca, mas voltaria ao normal quando o ato fosse repetido.
Em seguida, tinha de derramar água do rio sobre a terra seca, onde ela se tornaria sangue.
Até esse ponto da História, apenas uma irmã sem nome de Moisés fora apresentada (a irmã que falou com a filha do faraó junto ao rio), mas agora um irmão chamado Aarão surgia em cena (Êxodo 4:14), com consequências algo desastrosas.
Moisés e Aarão viajaram de volta ao Egito e se apresentaram aos israelitas, porém foi diante do faraó, e não dos israelitas, que a mágica da vara e da serpente foi realizada.
Além disso, não foi feita por Moisés, como planejado, mas por Aarão (Êxodo 7:10-12).
Essa sequência tem particular importância porque serve para indicar que, junto com Moisés, Aarão mantinha sua própria posição faraónica. "
"Os rituais da serpente-bastão e da mão leprosa (embora descritos como magia na Bíblia) eram ambos aspectos dos festivais de rejuvenescimento dos reis egípcios, cerimônias nas quais seus poderes divinos eram elevados.
Os faraós tinham alguns cetros (varas) para diferentes ocasiões; o cetro do rejuvenescimento era uma vara encimada por uma serpente de bronze.
Era também costume que o rei pusesse seu braço direito cruzado sobre o peito, sustentando-o com a mão esquerda.
Na tumba de Kherof, um dos camareiros da rainha Tiye, há uma representação pictórica da preparação para essa cerimônia. A cena retrata seu marido (o pai de Moisés), Amenhotep III.
Assim, será que Moisés (Akhenaton) tinha um irmão que era também faraó, cujo destino é desconhecido e que, da mesma maneira, consta nos registros como desaparecido e não morto?
Na verdade, ele teve, ao menos, um irmão de criação, cuja mãe era Tey, a Yokâbar, a ama-de-leite israelita de Akhenaton e Nefertite.
Como faraó, esse homem sucedeu por um curto período após a deposição de Akhenaton e era chamado Smenkhkare.
Era neto de Yusuf-Yuya, o vizir, e filho de Aye (irmão da mãe natural de Akhenaton, Tiye).
Corretamente escrito, o nome desse faraó era Smenkh-ka-ra (Vigorosa é a alma de Ra).
Alternativamente, uma vez que Ra era o deus-sol da Casa da Luz de Heliópolis, chamada On, o faraó Smankh-ka-ra era também Semnkh-ka-ra-on, de cuja terminação fonética deriva o nome de Aarão.
Em paralelo, o nome também deriva da palavra semítica para "arca", que era àron (para mais informações a respeito de Smenkhkare, ver Apêndice I: Enigma dos Túmulos)."
"Depois de estar no Sinai e em Midiã em seu exílio em 1361 a.C, Moisés retornou ao Egito com Aarão para defender a causa israelita contra o faraó Ramsés I, que aparentemente mantinha muitas famílias em trabalhos forçados.
Dado que sua própria 18a Dinastia havia terminado com o faraó Horemheb, que não teve herdeiro legítimo, uma nova dinastia se iniciara (c. 1335 a.C.) sob o antigo vizir de Horemheb, Ramsés, filho de um comandante de tropas chamado Seti.
Ao realizar os rituais secretos da serpente-vara e da mão leprosa, Aarão claramente desafiava o direito de sucessão de Ramsés; mas Ramsés controlava o exército egípcio, o que foi um fator decisivo na luta pelo poder.
Evidentemente, os primos de Amarna não teriam nenhum de seus direitos reais devolvidos, mas conseguiram persuadir Ramsés a permitir que os israelitas de Goshen deixassem o país.
Ramsés I não sobreviveu a seu segundo ano de governo, que coincidiria com a pretensa morte do faraó, narrada na Bíblia, durante a perseguição aos israelitas (Êxodo 15:19).
Porém, imediatamente após o acontecimento (mesmo antes da mumificação de Ramsés), seu filho Seti I iniciou uma campanha no Sinai e na Síria, levando suas tropas a um ligeiro assalto militar em Canaã.
O próprio fato de o povo de Israel ser chamado pelo nome em um relato documentado dessa campanha prova que os israelitas estavam em Canaã naquele tempo, pois eles (os Filhos de Israel) eram, especificamente, os descendentes de Jacó-Israel nascidos no Egito.
Fora do Egito, antes do Êxodo, havia muitos hebreus, mas poucos (se é que os havia) israelitas, e não havia terra de Israel."
Laurence Gardner
OS SEGREDOS PERDIDOS DA ARCA DA ALIANÇA
-Cap. IV
Fora do Egito
Filhos de IsraEL
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